domingo, setembro 14, 2003

Procuro (11-04-03)

Procuro algo, escondido em mim
Busco na sombra da mente
Algo que sinto ter perdido
Não sei o que é, mas é urgente
Uma necessidade a satisfazer
Algo me rói, de não o fazer

Sinto-me perdida
Por todo o lado procurando
Todos os sentimentos desarrumando
Procuro algo da minha vida!
O que procuro, será que morreu?
Talvez o que procuro seja EU!!!

A Rainha do Gelo II (11-04-03)

Ali vai ela, vestida de azul
Seu manto escuro, absorvendo a luz
Seus lábios carnudos, que num beijo matam
E olhos profundos que parecem não ver
Por onde passa, espalha o terror
Torna as coisas cinzentas, sem vida
O que a rodeia não tem alegria, nem dor
Simplesmente não consegue sentir
Nada a toca, ninguém a sente
É um espectro na nossa mente
Mas existe, é bem real
Não é a velha morte nem o demónio
Apenas a mulher do gelo fatal
Todos a temem, na profundeza do ser
Ninguém dela foge, pois adoram-na ver
É o culto inconsciente à Rainha do Gelo
A mulher que se alimenta dos nossos sentimentos
E paira na terra sem quaisquer pensamentos.


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